sexta-feira, 30 de novembro de 2012

DEUS TRABALHA PARA AQUELE QUE NELE ESPERA

25/7/2010 à 25/7/2010
Esperar! Isso significa parar e conscientizar-se com sobriedade de nossa incompetência e da completa suficiência de Deus, buscar conselho e ajuda do Senhor, e esperar nele (Sl 33.20-22; Is 8.17). Israel é repreendido por "não lhe aguardar os desígnios" (Sl 106.13). Por quê? Porque ao não buscarem e esperarem pela ajuda de Deus, privaram-no de uma oportunidade de gloriar-se.
Por exemplo, em Isaías 30.15-16 o Senhor diz a Israel: "Em vos converterdes e em sossegardes, está a vossa salvação; na tranquilidade e na confiança, a vossa força". Mas Israel se recusou a esperar no Senhor, e disse: "Não! Sobre cavalos fugiremos!". Então, no verso 18, revelam-se a estupidez e a malignidade dessa correria de iniciativa própria:"O Senhor espera, para ter misericórdia de vós, e se detém, para se compadecer de vós, porque o Senhor é Deus de justiça; bem-aventurados todos os que nele esperam". A estupidez de não esperar em Deus está em perdermos a bênção de termos Deus trabalhando por nós. A malignidade de não esperar em Deus está em nos opormos à vontade de Deus de exaltar-se em misericórdia e provisão.
Deus pretende exaltar a si mesmo trabalhando por aqueles que nele esperam: "Desde a antiguidade não se ouviu, nem com ouvidos se percebeu, nem com os olhos se viu Deus além de ti, que trabalha para aquele que nele espera" (Is 64.4). A oração é a atividade essencial da espera por Deus: o reconhecimento de nossa incapacidade e de seu poder, o pedido por sua ajuda e a busca de seu conselho. Assim fica evidente porque Deus manda tantas vezes que oremos, e também porque ele trabalha para aquele que nele espera: seu propósito é ser exaltado por sua misericórdia. A oração, portanto, é o antídoto para a doença da autoconfiança, que se opõe ao objetivo de Deus de obter glória ao trabalhar por aqueles que esperam nele: "Invoca-me no dia da angústia; eu te livrarei, e tu me glorificarás" (Sl 50.15).
Deus não está à procura de pessoas que trabalhem para ele, tanto quanto está à procura de pessoas que o deixem trabalhar para elas: "Quanto ao Senhor, seus olhos passam por toda a terra, para mostrar-se forte para com aqueles cujo coração é totalmente dele" (2Cr 16.9). O Evangelho não é um anúncio de "Precisa-se de Ajuda". Pelo contrário, o evangelho nos ordena a desistir e pendurar um anúncio de "Preciso de Ajuda" (esse é o sentido básico da oração). Assim, então, o evangelho promete que Deus trabalha para nós. Ele não transferirá a glória de ser o Doador e Provedor Todo-Poderoso e Misericordioso.
Mas, será que não existe alguma coisa que podemos lhe dar, que não o rebaixe à condição de beneficiário? Sim, há – nossas ansiedades. É uma ordem: "Lançai sobre ele toda a vossa ansiedade" (1Pe 5.7). Deus receberá com prazer qualquer coisa de nossa parte que mostre nossa dependência e sua total suficiência: "Tudo quanto pedirdes em meu nome, isso farei, a fim de que o Pai seja glorificado no Filho" 
(Jo 14.13).
Extraído de Em Busca de Deus, Ed. SHEDD, 
p. 141-142.

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